Em meio às conversas descontraídas entre amigos, é comum ouvir afirmações como “quem treina musculação não aguenta correr!” Este é um tema recorrente nas academias, suscitando dúvidas e debates calorosos.
Nos últimos 20 anos, tornou-se foco de estudo para pesquisadores no campo do treinamento desportivo, visando identificar metodologias benéficas não apenas para atletas de alto rendimento, mas também para aqueles que buscam saúde, estética e outros objetivos por meio do exercício físico.
Qual perde mais aeróbico ou musculação?
Treino de força supera aeróbico na queima de gordura, surpreende estudo de Stanford.
Por que musculação emagrece mais que aeróbico?
Tanto no treino aeróbico, quanto no de musculação, o que faz a diferença no resultado é a intensidade aplicada ao exercício. Um treino de musculação bem orientado e na intensidade correta pode ser mais intenso e até provocar um gasto calórico maior que um exercício aeróbico.
Por que a musculação é uma atividade anaeróbica?
Os exercícios anaeróbicos utilizam uma forma de energia que independe do uso do oxigênio. São exercícios de alta intensidade e curta duração que envolvem um esforço intenso realizado por um número limitado de músculos em que há produção de ácido lático.
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Surpreendentemente, estudos recentes revelam que indivíduos sedentários que iniciam um programa isolado de treinamento de força experimentam melhorias nos parâmetros de consumo de oxigênio. Isso sugere uma melhora na aptidão aeróbia, mesmo sem a prática de exercícios aeróbicos específicos. Ao comparar sedentários que adotaram a musculação com aqueles que optaram por atividades aeróbicas, ambos grupos apresentaram melhorias nos parâmetros de consumo de oxigênio. No entanto, notou-se que os praticantes de atividades aeróbicas tiveram ganhos mais expressivos.
Quando abordamos a aplicação simultânea de programas de exercícios aeróbios e de musculação, uma meta-análise de 2018 do International Journal of Sports Physiology and Performance forneceu insights valiosos. Ela demonstrou que prescrições adequadas de treinamento de força não apenas beneficiaram atletas de média e longa distância, mas também aprimoraram significativamente sua performance. Esse aprimoramento deve-se, em grande parte, à influência dos programas de força na melhoria da economia de movimento.
A economia de movimento, por sua vez, refere-se à eficiência na capacidade de contração e na utilização da energia elástica do sistema muscular. Portanto, um programa bem estruturado de musculação não apenas fortalece, mas também aprimora a eficiência biomecânica, possibilitando correr mais rápido e com menor gasto energético.
Diante disso, podemos concluir categoricamente que é um MITO a ideia de que a musculação diminui a capacidade aeróbia. Na verdade, ela pode ser uma aliada valiosa na busca por uma aptidão física abrangente, proporcionando benefícios tanto para os entusiastas do levantamento de peso quanto para os amantes das corridas de longa distância. É hora de romper com os estigmas e abraçar a sinergia entre musculação e capacidade aeróbica, construindo um caminho sólido rumo ao condicionamento físico integral.
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